Desemprego atinge parentes de juízes!

Fevereiro 16, 2006 at 7:15 pm 5 comentários

Acabou a farra! Para desespero de muitos juízes e, principalmente, de seus parentes:

O plenário do Supremo Tribunal Federal manteve, por maioria, a validade da Resolução nº 7/2005 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que vedou a contratação de parentes de magistrados, até o terceiro grau, para cargos de chefia, direção e assessoramento no Poder Judiciário.

Com a liminar, proferida com efeito retroativo, vinculante e com eficácia para todos (erga omnes), perdem a eficácia todas as decisões concedidas pela Justiça que garantiam aos parentes a permanência no cargo. A questão foi definida no julgamento da medida cautelar na Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 12, ajuizada pela Associação dos Magistrados Brasileiros.

Com a onda de desemprego no judiciário, a renda familiar de muitos magistrados, por certo cairá muito. Os economistas, porém, apostam que a crise econômica será superada a partir de um programa de desemprego que já se mostrou muito eficaz em um distante país chamado Corrupstão.

Conta a lenda que, naquelas distantes terras, a miséria assolou juízes por longos dias até que um deles teve a brilhante idéia de só empregar assessores conscientes da necessidade de uma adequada distribuição de renda no país. Assim, só eram admitidos nos cargos comissionados quem aceitasse distribuir metade de seus generosos salários para os mais necessitados, ou seja, os recém desempregados filhos, mulheres, genros, noras e outros parentes dos juízes.

A medida foi um sucesso naquelas terras e alavancou a economia. Alguns magistrados de nobre espírito, porém, entenderam tratar-se de um expediente pouco ético, já que a mesada para seus parentes viria sem a contraprestação do trabalho.

É por isso que naquelas terras ainda podem ser encontrados muitos parentes de juízes trabalhando informalmente em seus gabinetes, ganhando metade do salário que outrora recebiam.

Tristes tempos estes de desemprego.

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5 comentários Add your own

  • 1. Julio Regoto  |  Fevereiro 16, 2006 às 8:07 pm

    Esses casos do Corrupstão me lembram de fatos recentes em países próximos, onde por absoluta necessidade, juízes e outros se envolviam em esquemas de favorecimento e fraudes objetivando complementação de renda… Nesse país recordo até mesmo de um caso notavel com um suposto Juiz Lalau…

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  • 2. Leonardo L. Monteiro  |  Fevereiro 17, 2006 às 9:50 am

    Senhoras e Senhores,
    Amigos e Amigas,
    Irmãos e Irmâs,
    Doutores e Doutoras,

    A decisão da Suprema Corte foi uma decisão ética, contudo a REPÚBLICA demorou para chegar ao Judiciário. Será?

    Leonardo L. Monteiro

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  • 3. Wellington M.  |  Fevereiro 17, 2006 às 11:56 pm

    Brilhante decisão!

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  • 4. Carla  |  Fevereiro 18, 2006 às 3:13 pm

    Pois é…depois dessa,quem sabe o governo não sentirá o aumento da informalidade e desemprego nas grandes metrópoles brasileiras, e lançará um programa de requalificação profissional para estes nobres coitados,abandonados à própria sorte…Ou quem sabe serão discutidas novas fomas de apoio para que estes se dignifiquem frente aos concursados,com a disponiblização de vagas via cotas???Até agora,tudo é mistério…

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  • 5. Hidalmar  |  Fevereiro 18, 2006 às 11:06 pm

    Esta sim, é uma atitude que faz honrar nós brasileiros.

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